terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Unilateralmente polilateral

A unilateralidade em nada me agrada. Ao contrário, assusta.
Sou fã mesmo é das avenidas ou rodovidas de mão dupla, pois elas, apesar de tornarem muitas trajetórias opostas, também fazem com que as mesmas jamais deixem de se olhar; tornando certos encontros possíveis com tantas idas e voltas simultâneas.
Relaciono essa minha preferência com "trocas" no seu geral, uma vez que elas são bem mais interessantes do que os unilaterais "só dar" ou "só receber"." As trocas, os intercâmbios atraem, despertam curiosidade pelo alheio e, assim, surge o contato profundo - a melhor parte de todas! E é por conta dele, do contato, que admiro os dispostos à reciprocidade, os devotos do "um a um"; e abomino os unilaterais.
A unilateralidade transmite frieza, ausência de feedback e isso acaba com o contato sincero, íntimo e intenso; acaba com o "deixo um pouco de mim e levo um pouco de alguém"; acaba com as trocas.
Em nome dos contatos inesquecíveis, abaixo os unilaterais e invejo os propagadores de retornos à altura.

Pra quê via de mão única? Prefira também o vai-e-vem e proporcione-se encontros inesperados.
Esteja disposto à reciprocidade!
***
Já diria meu amado Vinícius: "Pra quê somar, se a gente pode dividir?"





p.s.: esse é um texto antigo meu, já o havia publicado acho que no orkut, mas tô super sem tempo de criar textos novos, então só pra não deixar isso aqui tão desatualizado, postei um texto antigo.

Um comentário:

  1. Eu sou uma pessoa unilateral. Às vezes me perco e entro numa vi(d)a de mão dupla. E tenho que concordar com você porque acho que são nessas perdidas, meus melhores momentos. Embora os mais doídos, também.


    ;)

    ResponderExcluir