quarta-feira, 13 de maio de 2009

Sob efeito do "Pequeno(?) Príncípe"

Não me lembro ao certo se foi a raposa ou a plantação de trigo que ensinou ao Pequeno Príncipe que "só se vê com o coração; o essencial é invisível aos olhos". Realmente, é no coração onde ficam as maiores intimidades, os mais secretos desejos e os mais intensos sentimentos. Mas se Antoine Exupéry (o autor do livro) de fato estava certo, por que é que a saudade dos meus amados tanto me atormenta? Por que é que ficar dois dias sem vê-los parece uma eternidade para mim e é tão custoso acostumar-se a um dia-a-dia sem eles? Não me seriam eles a essência?
Eles é que o são! Obviamente os saudosos ficam guardados no coração, e esse é o melhor lugar para estarem; mas a proximidade e o contato pessoal tornam as relações bem mais reais e possíveis. O olhar tem um poder magnífico de transparecer sentimentos...
Entratanto, vagando pela minha fértil imaginação e minhas curtas experiências de vida, pude encontrar o profundo sentido da frase de tal livro. Não importa quão longe se esteja do que te faz feliz e vivo, a certeza de que isso está guardadinho no lado esquerdo do peito traz uma paz e uma segurança incríveis o suficiente para aquilo manter-se firme e forte! Fato que tal segurança não anula a vontade e a necessidade pelo contato pessoal, pelo olhar... Mas é a certeza de que o essencial está no coração que faz com que ele não seja efêmero ou deveras condicional às milhas que os separam.
Designar, metaforicamente, olhos ao coração, tenta acalentar a saudade do essencial, pois é como se ela se justificasse pelos mais puros sentimentos que se possa ter... e talvez eu deva seguir essa receita à risca. Afinal, de que adianta procurar insistentemente pelos queridos ao meu redor se é dentro do coração que os encontro mais vivos e perto?

"Só se vê com o coração; o essencial é invisível aos olhos"

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